Séries ou Seriados?
Lúcifer: Pilot (S01E01)
Baseado nas HQ’s Lúcifer de Mike Carrey, do selo independente da DC Comics, Vertigo, lançada entre os anos 2000 e 2006, o seriado exibido pela FOX traz o Anjo Caído à cidade de Los Angeles com um formato já há muito conhecido, mas com uma proposta nova e diferente.
Tudo começa com Lúcifer (Tom Ellis) vivendo na cidade de Los Angeles algum tempo depois de ter abandonado o Inferno por vontade própria e ter deixado o Inferno nas mãos de seus comandados. Com aparência humana e um sotaque e humor britânico, Lúcifer Morningstar vive na cidade dos anjos como o dono de um frequentado e conhecido pub chamado Lux, que possui em parceria com Lilim Mazikeen (Lesley-Ann Brandt), que também saiu do inferno ao seu lado.
Mas é claro que o Inferno sem o seu líder supremo não ficaria nem um segundo em completa harmonia – na verdade não está nem com Lúcifer presente. Devido à esse problema, Yahweh envia o anjo de asas negras Amendaniel à Los Angeles para convencer Lúcifer à voltar para o seu reinado. As cenas na qual Amendaniel está presente são as cenas mais sérias do piloto inteiro, que se leva muito para o lado cômico e sarcástico devido à interpretação de Tom Ellis - que convenhamos, encarnou com toda a sua força o personagem. Com relação a sua atuação, não há nada que possamos reclamar, pois ela é convincente devido ao roteiro empregado. Algo extremamente diferenciado desse Lúcifer foi a sua capacidade sentimental para com os outros: durante o piloto inteiro vemos o quão afetivo Lúcifer é, e que realmente tem sentimentos como a paixão, tristeza e ciúmes - diferente daquela sentimento de indiferença com os demais que é abordado em um Lúcifer de outras mídias. As cenas na qual ele esbanja seu nome Lúcifer Morningstar para as pessoas, para mim foram as melhores, afinal, quem realmente acreditaria que esse seria seu verdadeiro nome?
A primeira cena em que ele fala seu nome verdadeiro é durante um interrogatório com a detetive Chloe Dancer (Lauren German), que está investigando o assassinato da famosa cantora Delilah. Delilah fez um pacto com Lúcifer para ganhar fama e fortuna e ambos estavam juntos quando o inesperado atentado ocorreu. Lúcifer possui imortalidade e possui o poder de controlar as mentes de todos, algo que eu tenho certeza que com o tempo se tornará extremamente utilizado e maçante em cenas de investigação ou que será deixado totalmente de lado para dar ao seriado mais cenas de ação. Lúcifer decide investigar o assassinado da cantora sozinho e entre indas e vindas ele inicia parceria com Chloe. Pessoalmente, achei que a química dos personagens se desenvolveu muito rapidamente, não dando brecha para algo mais sinuoso e deixando tudo ser feito as pressas. Essa será a dupla central, será a dupla que comandará o seriado inteiro, seria muito bom ver o relacionamento de ambos ser construídos aos poucos, afinal Lúcifer iniciou a sua própria investigação sobre o caso em que estava envolvido e isso não pareceu não incomodar nenhum pouco à Chloe, que já é detive há anos.
Lúcifer é um seriado procedural com algumas leves diferenças dos de mais. Na verdade como ele se afastou do que a HQ realmente é, ele mais parece uma mistura de Sobrenatural com qualquer outro procedural policial que já conhecemos. O roteiro é simples, emprega algumas piadas sarcásticas boas que salvam as cenas que tentam nos transmitir algum sentimento, mas que não conseguem nem um pouco. Porém entregue a proposta da série, é um roteiro coerente e muito divertido. A direção não é nada ruim e as cores tem um grande realce que enchem os olhos do espectador. Cores vivas e gritantes, algo que esperamos de uma série que se passa em Los Angeles. Todos os personagens, sem exceção nenhuma, são extremamente caricatos, isso não incomoda, porém acaba se tornando chato devido à falta de inovação que o seriado todo apresenta.
Entre saldos negativos, existem poucos positivos. É bom dar continuidade a Lúcifer por que serão apenas 13 episódios e isso deve lhe render arcos bem amarrados e fechados, quem sabe uma história mais profunda envolvendo os seres divinos e o seres humanos em um conflito filosófico constante - algo que parece se tornar presente. Esses poucos saldos positivos são o suficiente para fazer o seriado se tornar algo maior do que ele já é e também não fazê-lo ser algo saturado e cansativo.
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